Vem à mente
o papel em branco,
histórias de gente
do ar eu arranco.
Expremo o suco
do cérebro seco,
já morto, sem muco
encurralado em um beco
Vem à mente
fratricídio e covardia,
gente que mente,
esperando a anistia.
Ouço na cozinha o cuco
nervoso e impotente,
grita à porta o eunuco:
Pode abrir agora, é gente.
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