Sempre foge
acolá
As palavras
dançam no papel
Tantas transpirações
Poemas
acrobáticos
Insinuações
ou apenas
apelo sexual
Não sei
As palavras
fazem
(seu papel)
Criam os
sulcos
No encéfalo
só para
Caber no
cálice de ossos
Atlás e Axis
sabem
O quão
pesado são as palavras.
A caneta
morde o papel
Desrepeita o
pobre amontoado de celulose
As curvas em
alta velocidade
Tatuam esferas
esferográficas
Esses dias
teve acidente
O caso em si
A caneta colidiu
no papel
Sem meias
palavras
Sangrando-o
Não teve
nenhuma vítima fatal
Além do
poeta
Boquiaberto
Com a
metáfora
que dentro
fugiu
Mil folhas
Perdido
entre prateleiras de um
Sebo qualquer.
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