quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Constância

 Se olhar muito viverá para sempre. Quando eu olhar no futuro, de modo a olhar a eternidade

poderei viver para sempre.

E se olhar de forma baixa, como se não quisesse ver? Ficará baixo para sempre.

A eterna glória do céu é para quem olhou alto e muito. Assim, o olhar continuará, já que olhar muito gera mérito para a eternidade.

domingo, 29 de setembro de 2024

Revelar a Verdade

Vivemos para dizer ao mundo a Verdade de nós mesmos. Se sou baixo em pensamentos e sentimentos, o mundo saberá, mesmo que o mundo tenha me achado alto.

Se sou alto no meu coração, isso será revelado, mesmo que eu tenha sido considerado inferior aos outros.

Meu interior saltará aos olhos daquele que quiser ver.

E a Verdade é nosso destino comum.

sábado, 24 de agosto de 2024

Conhecimento

Deus se conhece pela prática e pelo estudo. Pela oração Deus se conhece. Pela meditação Deus se conhece.

Se revela através do dom profético e age em nossa vida pelo mérito ascético. Se minha mente se encontra sem atividades eu não conheço a Deus.

Pelo fazer a harmonia preenche.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Estudo

 O estudo deve ser o norte. A meditação deve aumentar o conteúdo do estudo.

Quaisquer atividades: o trabalho, o esporte etc. Visam aperfeiçoar minha atenção e meu altruísmo.

O mundo precisa estar inconsciente em mim. Só assim alcançarei a Deus. A ignorância

é destruída pelo poder da visão.

Aquilo que eu não gosto de fazer pode me deixar baixo se não for transcendido.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Livros

Um livro novo deve ficar muito baixo antes de ser publicado. O tempo torna o livro melhor. 

Os grandes livros são os mais antigos. Assim como o vinho e os indivíduos mais velhos tornam-se melhores. Ficar baixo é saber ao certo. Aquele que é bom, permanece. 

O que subsiste é aquilo que foi bom para os outros. Se fico baixo já fui provado. 

Se vou ficando, o tempo já aplicou a sabedoria de sua austeridade.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Koan #01


As mãos vazias de mestre Koan, raios chorosos orquestrando Bach #01
Lucas Selau

Porque estávamos a salvo, tudo era diferente, vago de memória, e esperanças, corrupções de nós mesmos findados aos raios e domingos.
Meus ouvidos em socorro, escutado alento que é chuva silenciosa, prosa da sina de gostar de solidão.
Alojado num pedaço de estrutura rítmica, soada a suaves dissonares ‘entreruídos’ da rua, a melodia cólica ‘vulcionante’, eloquente, ‘eteceteras’ ...
Eu era afinal, o passado suspenso em mais calma –  eu em meu quarto de sono e luz, forte clarão;
eu era afinal trastejado em mil cordas – solucionável em acordes jovens, trepidantes e escalados;
eu era em final, quase a vida inteira, querendo as maneiras outras que não se encachavam – eram tão distintas e jogadas aos dias, minha voz falha e literatura;
quem dera eu vociferando contra o asfalto e suplicando mais trilhas – as direções seguidas de trincheiras, quanto aos rastros: dispostos em vazios vãos de existências, minha lucidez e loucura...

Um dia se foram, não havia razão em voga que dissolvesse meus tesouros estimados, minha lucidez e loucura... mãos dadas e tão longe, minha lucidez e loucura... quase não as vejo mais, minha lucidez...

“Pelo vão da porta vagamos silenciosamente. Luz. O céu. Clarão dos raios. Dia e noite, e calafrio, e vento contra a espinha. Por baixo. De soslaio. A Porta. Com a luz, o vento frio e arbitrário. Sou um... paredes que eu tanto amo. Dai-me pontos.”

Porque estávamos a salvo, tudo era diferente, vago de memória, minha lucidez e loucura, meu vagão vazio descarrilhando em baixos suspiros. Que se foi o ritmo. Que se foi a música em a que se destinavam meus reis e rainhas, meus castelos em linhas. Adeus, breve e doce, lucidez minha e loucura...